Um novo estudo realizado na Suíça sugere que fazer carinho em um cachorro pode trazer muitos benefícios para a saúde das pessoas.
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Os pesquisadores recrutaram 19 adultos saudáveis (9 mulheres e 10 homens) para medir sua atividade cerebral em várias sessões, com e sem a presença de um cão. Três cães reais foram usados, todas fêmeas com idades entre 4 e 6 anos. Havia um Jack Russell, um goldendoodle e um golden retriever.
Neste estudo, publicado na última quarta-feira (5) na revista PLOS One, os pesquisadores optaram por usar a espectroscopia funcional no infravermelho próximo (fNIRS). Dois eletrodos foram colocados na testa dos participantes para medir a atividade do córtex pré-frontal.
Os participantes foram medidos primeiro em um estado neutro, de frente para uma parede branca. Em seguida, as medições foram feitas à medida que o contato com um cão foi progressivamente introduzido.
Primeiro, os participantes podiam ver o cachorro, depois sentar ao lado dele e, finalmente, acariciá-lo antes de retornar a um estado neutro. Essas medições foram feitas em 6 sessões para cada participante: 3 com um cachorro e 3 com um bichinho de pelúcia. A pelúcia continha uma garrafa de água quente para dar mais peso e calor.
Os resultados mostraram que a atividade cerebral aumentou substancialmente ao longo das fases progressivas do experimento e a hemoglobina oxigenada permaneceu elevada (indicando atividade aumentada) mesmo após a saída do cão.
Os pesquisadores descobriram que as terapias assistidas por animais podem ser usadas para tratar muitas condições, incluindo:
- Depressão;
- Demência;
- Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Especialistas concordam que colocar esses resultados do estudo em prática é de interesse em toda a comunidade médica.
“As terapias assistidas por cães são valiosas para muitos distúrbios crônicos e podem ser empregadas em ambientes onde é necessário um ‘calmante’, como crianças e em instituições de longa permanência”, afirmou o Dr. Joey R. Gee, neurologista do Providence Mission Hospital em Orange County, na Califórnia, em conversa com o site Healthline.